"A eficácia do ser humano com o ambiente depende de suas próprias capacidades e de como estão projetados os ambientes e objetos que o rodeiam." (Silvana Cambiachi)



24 de mar. de 2011

1Fundamentação Teórica

                                         

1 REVISÃO TEÓRICA

1.1  AUTISMO

Segundo ALMEIDA (2005), a expressão “Autismo”, advinda do grego, autos, que significa “eu ou próprio”, foi criada pelo  psiquiatra Eugen Bleuler em 1907, para caracterizar um tipo de sintoma que ele julgou ser secundário das esquizofrenias. Segundo a autora, Leo kanner, psiquiatra infantil, foi o primeiro a categorizar o autismo, quando em 1943, publica o artigo Autistic  Disturbances of Affective Contatc, onde descreveu a partir do estudo de caso com onze crianças, uma síndrome específica que determinou “autismo infantil precoce”.
Baptista & Bosa (2002), dizem que , Kanner (1943) constatou nas crianças as quais atendia uma inabilidade no relacionamento interpessoal que as distinguia de outras patologias como a esquizofrenia:


“Em 1944, o pediatra Hans Asperguer descreveu um grupo de crianças que apresentavam sintomatologia semelhante à dos quadros autistas descritos por Kanner,ao qual chamou de “psicopatia autista”. As descrições de Asperger (1944) são na verdade mais amplas que as de Kanner, cobrindo características que não foram levantadas por Kanner, além de incluir casos envolvendo comprometimento orgânico” (BAPTISTA & BOSA, P.25).


Conforme Baptista & Bosa, (2002); Almeida (2005),anos depois, Wing (1970) analisando ambas as descrições criou o termo Simdrome de Asperger, pois constatou a presença de um conjunto de elementos em graus variáveis de tipo e severidade e propôs a expressão Espetrum ou Continunn (um conceito de complexidade considerável, mais do que uma simples escala do mais severo ao mais leve) de desordens Autisticas, adotada pela National Autistic Society britânica para designar déficits qualitativos na denominada tríade de comprometimentos: severo prejuízo social, severas dificuldades nas comunicações verbais e não verbais e ausência de atividades imaginativas. Assim o autismo deixou de ser visto como um quadro específico e passou a ser considerado uma síndrome que comporta sub-tipos.
Ao longo de seus estudos , Kanner reconhece haver semelhanças entre a síndrome do autismo e a esquizofrenia infantil,  porém mantém sua posição considerando o autismo uma psicose.


“Uma vez que não existe comprovação de transtorno do pensamento (por exemplo, alucinações), o autismo não é considerado uma psicose” (Lewis 1993, p.340).



De acordo com Assumpção jr & Pimentel, 2000) as primeiras mudanças desses pensamentos surgem em 1976, com Ritvo, que relaciona o autismo a um déficit cognitivo, considerando-o não uma psicose e sim um distúrbio do desenvolvimento. A caracterização da patologia será então definida de acordo com a idade de aparecimento e por suas características comportamentais.
Segundo Moraes & Straus, (2003) Somente a partir de 1979 o autismo infantil apareceu na série diagnóstica da Organização Mundial de Saúde (OMS), quando surgiu pela primeira vez na Classificação Internacional de Doenças (CID9), classificando entre os transtornos  psicóticos, Foi em 1993, na CID 10, que o autismo infantil passou a ser classificado entre Transtornos Invasivos do Desenvolvimento: a Síndrome de Rett, a Síndrome de Asperger e o Autismo Atípico

“Cabe ressaltar a mudança na forma de conceber o autismo, passando da condição de “doença” com identidade definida e distinta dos quadros envolvendo problemas orgânicos para a de “ Síndrome”(conjunto de sintomas). Dessa forma, quando se fala em transtornos ou síndromes autísticas, quer-se designar a “tríade de comprometimentos ”independente da sua associação com aspectos orgânicos. Em outras palavras a síndrome do autismo identifica um perfil comportamental com diferentes etiologias” ( GILLBERG, 1990, apud BAPTISTA & BOSA, 2002, P.31).
De acordo com Baptista e Bosa (2002), os indivíduos com esse transtorno do espectro autista dificilmente podem viver de forma independente; necessitam sempre de cuidados ou da família de uma instituição especializada.
Nos casos em que a criança consegue falar até cinco ou seis anos, apresenta um nível intelectual médio e uma boa resposta às intervenções educacionais, ela pode ser incluída com maior chances de êxito em uma classe de educação regular.Sendo que apenas um terço das crianças autistas conseguem ser relativamente auto-suficientes.


“O autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave durante toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de cinco entre cada dez mil nascidos e é quatro vezes mais comum entre míninos que meninas. É encontrada em todo o mundo e em qualquer configuração racial, étnica e social.” GAUDERER, (pag.03).


Conforme Schwartzman (1995) além dos sintomas descritos acima, outros estão freqüentemente associados: disfunção respiratória (hiperpnéia, apnéias,etc), escoliose, distúrbios tróficos das extremidades,etc.. Com a evolução do quadro o comportamento “autistico “melhora, o contacto social torna-se mais fácil, podem ocorrer manifestações epilépticas e há deterioração motora progressiva. O nível mental e a linguagem serão bastante comprometidos.


1.2 ETIOLOGIA DO  AUTISMO


Na década de 1970, estimou-se que o autismo afetou cerca de 1 em cada 10.000 crianças, e hoje, ainda não se sabe o porque,  4 a 6 de cada 10.000 crianças estão sendo diagnosticadas como autistas ou um dos vários distúrbios relacionados, tais como a síndrome de Asperger ou transtornos invasivos do desenvolvimento desordem (PDD). That means that about 1.5 million Americans — most of them children — are considered autistic or similarly disabled. Isso significa que na próxima década esse número irá triplicar.
Segundo Ballone, (2003) os resultados acumulados de várias pesquisas têm sugerido desequilíbrios em vários sistemas neuroquímicos, primariamente o dopaminérgico e o serotoninérgicos, como sendo relevantes para a fisiopatologia do autismo infantil. Estudos neurobiológicos clínicos e de tratamento apontam para um papel importante do neuro transmissor dopaminia no desenvolvimento do Autismo Infantil. Por tanto de acordo com as pesquisas  o autismo é multifatorial.
De acordo com Schwartzman (1995); Volkmar, (1995) apesar de haver indícios de desvio biológico que acompanhe o autismo, não se identificou até o momento nenhum marcador específico. Além disso, algumas alterações neurobiológicas encontradas em autistas também podem aparecer em indivíduos normais, o que dificulta a valorização dos achados.Várias condições clínicas tem sido associadas ao autismo e a importância de fatores genéticos são amplamente investigados. São  considerados também nos estudos a presença de fatores pré-natais e peri natais.



“A causa básica do autismo é desconhecida, mas, suspeita-se fortemente de um componente genético para os desvios de linguagem e cognitivo. O papel de outros agentes biológicos é inferido pela freqüência de várias anormalidades neurológicas e transtornos convulsivos em crianças autistas”(LEWIS, 1993, p.364).



Machado (2001), relata que investigações realizadas a partir de autópsias em cérebros autistas, detectaram alterações nos neurônios, amídala reduzida em tamanho (a amígdala está evolvida com as emoções, especialmente com o medo, aprendizagem e memória) e diminuição significativa no número de células de Purkinje em áreas do cerebelo. Se não existir o controle das emoções por meio da amígdala, o funcionamento do hipotálamo que representa o centro de elaboração e exteriorização das emoções, sempre sob a ação inibidora do córtex cerebral passa a ser livre e exagerado, gerando fenômenos do tipo emocional forte, como o medo, a raiva, etc.
Diz ainda o autor acima citado, o hemisfério cerebral direito é dominante com relação à atenção do meio externo, monitora a percepção de todo o espaço extra pessoal, o que sugere, a partir dos sintomas de desatenção observados em autistas, que este fato se deve a uma disfunção nesta área do cérebro.


1.3. O AUTISTA E A INCLUSÃO


Conforme Gauderer (1993), após serem verificadas as necessidades educacionais da criança portadora do transtorno do espectro é necessário que se encontre uma escola adequada para que ocorra uma convergência nas metas entre ca e escola, só assim a experiência não será frustrante.
A maioria das escolas só consegue trabalhar com uma ou duas crianças autista, e do tipo mais brando. Crianças que tem o grau de deficiência muito elevado devem ser encaminhadas para escolas especializadas.
Mesmo para as crianças com a síndrome mais leve, às vezes essa integração não dá certo. O sucesso depende da habilidade, experiência e atitude da equipe escolar que irá recebê-las. O ideal é que as escolas especializadas dêem uma função especial àquelas crianças autistas aproveitáveis. Seria necessário existir tipos diferentes de escolas com fácil transferência de uma para a outra, tendo-se assim, um lugar apropriado para cada criança e cada estágio de sua educação.
Diz ainda, Gauderer (1993),   que adolescentes autistas necessitam da oportunidade de continuar sua educação, caso estejam se beneficiando da aprendizagem. Infelizmente, fica claro, nessa idade, que a maioria não fará nenhum progresso em assuntos acadêmicos.Porém muitos deles tem aptidões a trabalhos manuais, que devem ser incentivados.
De acordo com as afirmações de Gauderer  o espaço  específico para o atendimento das pessoas autistas se faz necessário, sendo esse um espaço onde tenha uma estrutura flexível que possa receber essas pessoas desde os primeiros meses,até o fim de sua vida se for necessário’. Sendo assim o objeto arquitetônico poderá ser de extrema importância para a configuração deste espaço e funcionalidade do local.
Segundo Baptista  & Bosa (2002), Via de regra, em um ambiente de educação especial é necessário os profissionais serem treinados para lidar especificamente com essas crianças.
Crianças autistas tendem a não generalizar o que aprendem de um ambiente para o outro.Desta forma o tratamento deve ter em mente a casa, a escola e a comunidade, tendo-se um funcionamento adequado nestes lugares.
Devido às suas deficiências básicas de desenvolvimento, crianças autistas não são capazes  de tomar parte de uma gama usual de atividades lúdicas. Elas tem facilidade e gostam de brinquedos de montar, mas suas brincadeiras sociais são muito limitadas.
De acordo com os autores acima citados, na Itália, na década de 70 foram realizados experimentos bem sucedidos com pessoas portadoras do espectro autista, inclusas nas turmas de ensino regular. Segundo o livro Autismo e Educação, a experiência foi bem sucedida. Porém os relatos que constam referem-se somente aos casos mais brandos da síndrome.
No Brasil esse tipo de integração já vem ocorrendo, e também com sucesso. Não deixando porém, de se fazer necessário o apoio técnico e psico-pedagógico dos centros especializados, como: AMA, APAE, AADV, etc...
Para Fontanive,(entrevistada 1) os autistas necessitam de um espaço adaptado especialmente para eles, pois precisam de um atendimento específico, que trabalhe essencialmente na área comportamental e da comunicação.
Diz ela ainda que tendo esse acompanhamento as pessoas portadoras do transtorno podem e devem ser inclusas no meio social. Mas para que essa inclusão seja feita de maneira adequada é preciso que haja um envolvimento dos pais com este espaço, para então os dois juntos incluir esta criança, ou até mesmo adulto autista com a sociedade.

1.4  MÉTODOS UTILIZADOS NA EDUCAÇÃO DOS AUTISTAS



 1.4.1 Teacch - Tratamento e educação para crianças autistas e com distúrbios correlatos da comunicação.


 Segundo o site Ama, o método TEACCH (Tratamento e Educação para Crianças Autistas e com distúrbios Correlatos da Comunicação) foi desenvolvido nos anos 60 no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos, e atualmente é muito utilizado em várias partes do mundo.
A orientação principal desse programa é desenvolver a autonomia do autista nos três grandes meios sociais de sua vida: a interação e a organização no meio familiar , escolar e na comunidade. Segundo Borges (2000), O programa Teacch se baseia num ensino estruturado que centra-se nas áreas fortes encontradas nos autistas: processamento visual, memorização de rotinas e interesses especiais, devendo ser adaptado a cada criança de acordo com a sua necessidade.
O método TEACCH é um ensino estruturado que minimiza os problemas comportamentais ao fazer com que o mundo pareça previsível e menos confuso para o aluno. O método consiste na organização do ambiente físico através de rotinas - organizadas em quadros, painéis ou agendas - e sistemas de trabalho, de forma a adaptar o ambiente para tornar mais fácil para a criança compreendê-lo, assim como compreender o que se espera dela. Através da organização do ambiente e das tarefas da criança, o Teacch visa desenvolver sua independência de modo que ela necessite do professor para o aprendizado, mas que possa também passar grande parte de seu tempo ocupando-se de forma independente.
Percebe-se que tendo uma orientação lógica e metódica o autista identifica-se e entende melhor o que se espera dele.


1.4.2 PECS - Sistema de comunicação através da troca de figuras



Conforme Dr.ª Rita Serpa Soares • APPDA – Lisboa • 2006O PECS é um sistema aumentativo de comunicação baseado na troca funcional de figuras
que foi desenvolvido nos Estados Unidos por volta dos anos 80 por Lori Frost e o Dr. Andrew Bondy.Foi desenvolvido para ser usado com crianças mais jovens, mas é utilizado com grande sucesso também com estudantes mais velhos e adultos.
É um sistema que pretende desenvolver essencialmente a espontaneidade e a independência numa comunicação apropriada.
O PECS visa ajudar a criança a perceber que através da comunicação ela pode conseguir muito mais rapidamente as coisas que deseja, estimulando-a assim a comunicar-se, e muito provavelmente a diminuir drasticamente problemas de conduta.


1.5 ACESSIBILIDADE


 A acessibilidade pressupõe a possibilidade de utilização com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos.Não devendo assim, ser compreendida apenas como medidas para favorecer um grupo de pessoas, portadoras de deficiência. Podendo neste caso aumentar ainda mais a exclusão.
O conceito de acessibilidade foi desenvolvido de modo abrangente por Kevin Lynch como sendo um dos elementos para atingir o preceito de uma boa cidade.


“Os princípios fundamentais da organização espacial encontram-se em dois tipos de fato: a postura e a estrutura do corpo humano e as relações entre as pessoas. O homem como o resultado de sua experiência íntima com o seu corpo e com outras pessoas, organiza o espaço a fim de conformá-lo a suas necessidades biológicas e relações sociais.” TUAN, 1983( pag. 39).


Segundo Duarte ( 2004) apud Tuan, a experiência obtida com o espaço estrutura os padrões de identificação do sujeito com o ambiente, é necessário portanto que o processo cognitivo ocorra através da percepção e compreenção do ambiente, para que o indivíduo possa conhecer e agir sobre ele.


“A pessoa com deficiência é um indivíduo que tem reduzidas, limitadas ou anuladas as suas condições de mobilidade ou percepção das características do ambiente onde se encontra. Entretanto, pode ter sua deficiência minimizada na medida em que lhe sejam oferecidos recursos para que sua relação com o espaço se dê de maneira adequada.” CAMBIACHI, ( pag.27).


Como explica CambiaghI (2007), quando o espaço é projetado de maneira eficiente e acessível, as atividades das pessoas com deficiência são preservadas. Em uma situação contrária, quando uma pessoa que exerce plena atividade de suas funções é colocada em um ambiente inacessível, ela se torna deficiente para o espaço.
Sendo assim as pessoas devem ser consideradas todas em níveis iguais e os espaços serão deficientes ou não.
A heterogeneidade das limitações físicas e mentais, constituem uma das principais barreiras arquitetônicas. Apesar disso, é possível estabelecer condições similares que amenizem essa condição.
Nos dias de hoje discute-se muito sobre a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, em assegurar-lhe o direito a educação, saúde, transporte, lazer, esporte, cultura, etc.
No que diz respeito a essa questão, a constituição de 1988 é uma das mais avançadas do mundo. Porém a percepção da prática dessas leis são somente ações isoladas.
A mobilização da sociedade contudo, tem trazido contribuições significativas, responsáveis por alterar gradativamente conceitos e visões sedimentadas. Na convenção da Guatemala, foi abolido o termo integração,e adotou-se inclusão. Sua proposta trouxe a idéia de admitir as diferenças entre as pessoas e as necessidades especiais de cada um. Sendo assim cada ser humano deve ter respeitado e preservado seus direitos.

 “A eficácia da interação do ser humano com o ambiente depende de suas próprias capacidades e de como estão projetados os ambientes e objetos que o rodeiam.” ,(Cambiachi,pag.37).


Ao longo do nosso desenvolvimento, experimentamos vários tipos de dificuldades com o ambiente que nos rodeia. Quando criança, temos nosso acesso restrito a manipulação de vários objetos e locais pela nossa baixa estatura. Na vida adulta é onde temos mais liberdade, isto é, se não ocorrer nenhum acidente no decorrer do percurso. Caso contrário, fazendo uso de muletas, cadeiras de rodas ou até impossibilitado de se locomover o indivíduo sofre duras restrições sociais. Na velhice voltamos a nos deparar com uma série de restrições. Fazendo essas considerações, fica fácil perceber a diversidade do ser humano. Assim sendo seria muito mais adequado, projetar, levando em conta essa diversidade e admitindo de uma vez por toda que o normal é ser diferente.


1.6  O AUTISTA E A PERCEPÇÃO DO AMBIENTE

Embora os autistas vivam no mesmo mundo físico que as outras pessoas e tenham que lidar com o “mesmo” material bruto que os outros, seu mundo perceptivo é surpreendentemente diferente do de não-autistas. É importante frisar que embora sejam padrões, as experiências sensoriais de cada autista são muito particulares. Esses padrões podem ocorrer nas diferentes modalidades sensoriais, inclusive ao mesmo tempo.
Para Duarte ( 2004), compreender as diferentes e possíveis maneiras de apreensão do espaço por portadores de deficiência, é preciso verificar de que formas eles se apropriam e  participam da apreensão dos espaços, uma vez que eles  vêem o ambiente a partir de outros ângulos de visão, tanto física quanto cognitiva. Para a compreensão desta categoria heterogênea de usuário, torna-se necessário, aqui, compreender  algumas especificidades do olhar destas pessoas.
Aspectos referentes ao espaço como distâncias, percursos, "longe" e "perto" passam a ser medidos pelo esforço, pelo cansaço e não podem ou devem ser compreendidos a partir de referenciais de pessoas que não apresentam nenhuma dificuldade em seus deslocamentos.
Especificamente no caso dos autistas, é de suma importância os cuidados com a estimulação sensorial , porque são geralmente marcados por uma extrema sensibilidade à   luz,sons e cores.É fundamental que um ambiente para autistas tenha um controle rigoroso da quantidade e o tiO portador do espectro autista tem geralmente muita dificuldade em processar informações complexas.po de estimulação visual e auditiva

21 de mar. de 2011

Escolha do terreno

Àrea de interesse
                
3  APREENÇÃO DO ESPAÇO URBANO

3.1 LEVANTAMENTO DE DADOS

3.1.1 cheios e vazios

Mapa (01)- Mapa urbano de Jaraguá do sul, segue estudos de cheios e vazios, para melhor compreeder a cidade, e escolher um terrreno para a implantação do projeto.

3.1.2  Zoneamento


 MAPA 02- Mapa urbano de Jaraguá do sul, estudos de zoneamento, também para identificar a melhor área para implantação do projeto, nesse estudo buscaremos um espaço onde os requisitos são: a) ser fora de zona industrial pois como já vimos anteriormente os ruídos são prejudiciais aos autistas. b) Possuir densidade o suficiente para viabilizar um comércio para os produtos confeccionados pelo próprio autista, mas que ao mesmo tempo tenha o silêncio necessário para o bom andamento das atividades. c) Buscaremos também conhecer as principais vias de acesso para que o terreno a ser escolhido seja acessível a todos, para que possamos diminuir o tempo dispendido ao transporte, para isso usaremos também o mapa 03. d) tenha uma topografia plana para facilitar a locomoção dos indivíduos com dificuldade de locomoção. e) ter mais de dois mil metros quadrados, para que possa portar um edifício horizontal e tenha ainda espaços para atividades de lazer e terapias. F) Ser próximo de equipamentos urbanos.



              
mapa 01


        
                                                                   mapa 02       


                    
3.1.2  Densidade




MAPA 03
Fonte: Googlee Earth-2011 com adaptações da autora




3.1.2  Diagnóstico


Após as análises acima ilustradas, pudemos detectar a região a ser implantado o projeto. A partir desta área escolheremos quatro terrenos para então fazer um gráfico comparativo e optar pelo espaço que mais abranja a todos os requisitos já citados.
                        Centro
MAPA 03
Fonte: Goog
3.1.2.1 Opções de terrenos




MAPA 04
Fonte: Googlee Earth-2011 com adaptações da autotora


Procuramos identificar os terrenos através dos critérios já expostos, pois como diz KOHLSDORF (1996) para percebermos as características de um lugar temos que selecionar atributos de estruturação topológicos e de percepção.
lee Earth-2011 com adaptações da autora




MAPA 05
Fonte: Googlee Earth-2011 com adaptações da autora

Terreno 01 (MAPA 05) está situado á rua Vinte e Nove de Outubro, centro, fundos do colégio São Luiz.




MAPA 06
Fonte: Googlee Earth-2011 com adaptações da autora

Terreno 02 (MAPA 06) está situado á rua Exp. Antônio Carlos Ferreira, centro.





MAPA 07
                        Fonte: Googlee Earth-2011 com adaptações da autora

Terreno 03 (MAPA 07) está situado á rua Barão do Rio Branco, Centro. Próximo ao Angeloni.



                                            MAPA 08
Fonte: Googlee Earth-2011 com adaptações da autora

Terreno 04 (MAPA 08) está situado á rua cel. Procópio Gomes de Oliveira, centro. Antiga FAMAC.


3.1.2.2  Gráfico para a escolha do terreno


Após selecionados os quatro terrenos, elaboramos um gráfico para auxiliar na eliminação de três das opções. Os critérios adotados foram notas de o  a 10 nas exigências determinadas pelos estudos já relatados, de acessibilidade, topografia, integração, equipamentos urbanos e também da densidade geográfica, como explica KOHLSDORF (1996 pag. 70) “As diferentes formas dos lugares colocam condições que podem ser distintas para sua apreensão” .


Tabela 01


Total de pontos para o terreno  1-  39
Total de pontos para o terreno  2-  47
Total de pontos para o terreno  3-  44
Total de pontos para o terreno  4-  45


3.1.2.2  Terreno escolhido


Sendo assim o terreno escolhido para a implantação do projeto é o terreno 2 com 47 pontos na rua Exp. Antônio Carlos Ferreira, centro.


                                              Figura 
Fonte: Googlee Earth-2011 com adaptações da autora


3.1 ANÁLISE  DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO DO TERRENO

3.1.1Sequências visuais

Para realizar esta análise adotamos a a literatura de Maria Elaine KOHLSDORF-1996, com o propósito de conhecer as características urbanos do terreno, para assim obter uma implantação coerente com o local onde ela estará inserida.
Para KOHLSDORF (1996 pag. 72) “A coerência dessa metodologia se expõe quando nos reportamos às duas modalidades de apreensão: a sensorial, e a realizada sobre informações elaboradas”.
É a partir da percepção dos lugares que se da a captura das informações seqüenciais que provocam efeitos topológicos e perspectivos no observador.
A técnica de análise seqüencial consiste em analisar uma série de eventos, com uma seqüência de apreensão visual em várias direções e percursos diferentes, com um intervalo de tempo entre um registro e outro.

3.1.1Eventos Gerais
No mapa 09 estão indicados os três caminhos dos levantamentos fotográficos realizados no dia 24 de abril de 2011 ás 14:00 horas aproximadamente.