1.8.1 Implantação
O arquiteto responssável pela obra é João da Gama Filgueiras Lima, o lelé. Inaugurado em 1994 o hospital do aparelho locomotor Sarah Kubitschek em Salvador BA,( FIGURA 20) possui capacidade instalada de 157 leitos.
FIGURA-2O
1.8.2 Tecnologia
O projeto foi o primeiro hospital da rede Sarah em que as galerias técnicas semi-enterradas construídas em concreto armado, funcionam não só para captar os ventos dominantes e dispor as tubulações do hospital, mas também como fundação como ilustra a figura 22.
FIGURA-21
Fonte: João Filgueiras Lima - lelé
A entrada de ar é feita com o auxilio de axaustores, passando por um sistema de resfriamento evaporativo e sobe pelas aberturas de uma laje técnica. Saindo por aberturas em grelhas para ventilar, passando por todas as áreas do local, saindo por sheds para o exterior.
FIGURA-22
O restante da edificação emprega peças pré-fabricadas metálicas, mais leves e elegantes (FIGURA 23).
FIGURA-23
Fonte: João Filgueiras Lima - lelé
Os sheds também possuem a função de aproveitamento e distribuição da luz natural no interior dos ambientes e permitindo o sombreamento das extensas aberturas, evitando o aumento de calor ( FIGURA 24).
FIGURA-24
Fonte: João Filgueiras Lima - lelé
A obra de lelé possibilita ainda uma total integração entre seus espaços internos e externos ( FIGURA 25), os usuário podem se locomover com muita facilidade, entrando ou saindo dos ambientes. Nesta especificidade o que proporciona também muita mobilidade humana é o fato de o hospital ser totalmente horizontal.
FIGURA-25
Fonte: João Filgueiras Lima - lelé
1.8.3 Análise crítica
A preocupação de lelé com o alcance social é uma característica marcante em suas obras, pois é um exemplo bem sucedido do uso dos elementos naturais na obtenção de condições térmicas favoráveis a ambientes internos, sua arquitetura sustentável destaca-se no Brasil como um exemplo a ser seguido.
E será baseado no exemplo do arquiteto lelé, que este projeto pretende adotar como partido a sustentabilidade social e ambiental.
"Um dos princípios básicos da sustentabilidade é consumir menos, ou de forma controlada, a fim de não prejudicar as necessidades futuras. E arquitetura deve (ou deveria) colaborar com isso, utilizando-se da própria concepção do espaço construído como uma forma de prover o máximo e melhor possível das necessidades de abrigo, iluminação, proteção, ventilação e conforto, minimizando ou até mesmo eliminando os recursos mecânicos e artificiais” ( DREYER 07/04/2009).
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